Corrinha, símbolo da irreverência, faleceu ontem, 10, em João Pessoa. Foto: reprodução facebook/Corrinha Mendes
A gargalhada estridente se calou. O sorriso de quem parecia estar sempre de bem com a vida também. Corrinha Mendes se foi numa rapidez tão grande que em nada combina com a extensão e o eco do seu gragalhar. Sim, a risada de Corrinha ecoava pela cidade e continuará ecoando.
Quem não lembrará, ao passar pelo "Casarão de Azulejos" na Praça do Bispo, que uma multidão já se acotovelou para ver a saída do bloco "Cafuçu"? E não era só a saída do bloco, mas a presença dela, toda enfeitada, cheia de penduricalhos e com o sorriso sempre à mostra. Quem teve a oportunidade de conviver com Corrinha tinha a impressão que ao lado dela "não tinha tempo ruim".
A notícia da sua morte chegou de forma moderna, contemporânea. Veio através do facebook, como quase tudo que ocorre hoje em dia. As redes sociais nos jogam na cara alegrias e tristezas com impacto de um meteoro.
Foi na noite desta quarta-feira, 10 de janeiro, que visualizei a postagem do colega Bertrand Lira, por volta das 22h00, com uma foto maravilhosa de Corrinha sentada na boleia de um caminhão - tão cafuçu como ela só!
De imediato imaginei que fosse a chamada do bloco para a prévia carnavalesca desse, afinal de contas falta menos de um mês para a festa. Minha surpresa foi ler aquele texto postado por Bertrand: "Adeus, Corrinha" Ser de luz e risadas que nos fez tão felizes. Que os céus te recebam com festa!"
Acredito que, assim como eu, muitos não quiseram acreditar. Continuei esperando novas postagens e comentários, mandei mensagens para outras pessoas, e tudo foi sendo confirmado.
Segundo informações que apurei na imprensa local, Corrinha havia descoberto um câncer de gengiva em julho de 2017. Fez o tratamento entre setembro e novembro e vinha se recuprando bem, mas agora apareceram novos nódulos nos pulmões, que a levaram à morte.
O velório está acontecendo na Central São João Batista e o sepultamento vai acontecer nesta quinta-feira, 11, às 16h00, no Cemitério Jardim Mangabeira, no bairro de Mangabeira, Zona Sul de João Pessoa.
É triste noticiar isso, mas a eterna Rainha do Cafuçu não estará na Praça do Bispo esse ano. Não estará em sua presença física, mas a certeza que temos que sua energia estará em cada "cafuçu" que deverá lotar a praça.
O que temos mais a dizer a não ser repetir o velho clichê? "Descanse em paz, Corrinha. O céu está em festa hoje!"...Acho isso tão clichê do clichê, mas não tinha como terminar essa matéria de outra forma. Se isso é cafuçu, não sei! Mas que se tornou um clichê, isso sim!
Ficaremos aqui com a saudade e com o eco da sua gargalhada! kkkkkkkkkkkkk
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