"Confissões" será encenada na Capela de Santa Terezinha (ao lado da Igreja do Carmo). Foto: Gustavo Moura/Divulgação |
Um espetáculo teatral na Capela de
Santa Terezinha (ao lado da Igreja do Carmo), no Centro de João Pessoa. É isso
que o público pessoense terá a oportunidade de ver gratuitamente a partir desta
quinta-feira, 12, até o sábado, 14 de abril, com início previsto para às 19h00.
A entrada é franca, mas os ingresso deverão ser retirados uma hora antes na
portaria da igreja.
O espetáculo é a montagem do texto
“Confissões” escrito por Paulo Vieira com direção de Everaldo Vasconcelos. Em
cena dois grandes atores paraibanos: Edilson Alves e Everaldo Pontes. A montagem
é do Grupo de Teatro da Universidade Federal da Paraíba e tem o patrocínio do
Fundo Municipal de Cultura – FMC.
“Confissões” é um texto que
revisita as Confissões de Santo Agostinho, um dos mais importantes teólogos e
filósofos dos primeiros anos do cristianismo, cujas obras foram muito influentes
no desenvolvimento do cristianismo e da filosofia ocidental. No espetáculo
mostra o encontro de Santo Agostinho com
um amigo de infância que se tornou ator.
Surgem os conflitos a partir de visões de
mundo diferentes e um afeto resgatado a partir da memória.
Aos dezessete, graças à
generosidade de um amigo, Romaniano, Agostinho mudou-se para Cartago para
estudar retórica.
Embora tenha sido criado como um cristão, passou a seguir ali o maniqueísmo,
para desespero de sua mãe. Como todos os jovens de sua época e classe social,
Agostinho adotou um estilo de vida hedonista por
um tempo, associando-se a outros jovens que se vangloriavam de suas aventuras
sexuais com mulheres e homens. Os mais velhos estimulavam os mais inexperientes
a contar ou inventar histórias sobre aventuras para que fossem aceitos. É deste
período uma famosa oração de Agostinho, "Senhor, conceda-me castidade e continência,
mas não ainda”.
Dois anos depois, Agostinho
iniciou um romance com uma jovem cartaginense, mas, provavelmente para
manter-se em condições de realizar o desejo de sua mãe de casar com alguém de
sua própria classe social, o casal se manteve em concubinato por
mais de treze anos, período no qual tiveram um filho, Adeodato, um rapaz
considerado extremamente inteligente por seus contemporâneos. Em seu
período hedonista, Agostinho frequentava com muito gosto o teatro. Nas suas
Confissões, passou a condená-lo veementemente.
E é nesse contexto que o
espetáculo “Confissões" se insere. No debate entre Agostinho, o Bispo de
Hipona, e Miguel, um ator saltimbanco. No diálogo, por vezes tenso entre ambos,
surge o ponto de vista absolutamente apaixonado de Santo Agostinho pelo teatro,
embora uma paixão que seja negada veementemente.
O espetáculo é um jogo teatral
minimalista, com cenários e figurinos mínimos, uma iluminação desenhada .
No elenco dois atores
de experiências e
trajetórias e distintas. Everaldo
Pontes e Edílson Alves que se encontram para minutos
de confissões.O modo como um
espetáculo inicia é algo misterioso, não há regras, nem mesmo sinais seguros de
que as coisas estão começando para valer. É um mistério.Este mistério do teatro
á aprendido em um longo percurso de tentativas e erros. Nós desenvolvemos a
intuição do momento exato do espetáculo e passamos a nos manter dentro daquela
faixa de energia que possibilita construção do mesmo. A criação teatral é
repleta de acasos e necessidades, comentou
Everaldo Vasconcelos ,
diretor do espetáculo.
Numa realização do
Grupo de Teatro da UFPB, texto de Paulo Vieira, encenação de Edilson Alves e Everaldo Pontes, Fotografia de Gustavo Moura, Figurinos de Sanzia Márcia,
direção Geral Everaldo Vasconcelos, produção executiva Giovana Gondim e Eyclic
produções.
Fonte: Divulgação do grupo
Serviço:
“CONFISSÕES “ – Do sagrado e do profano.
Capela Santa Terezinha (
Igreja do Carmo) – Centro da cidade
De quinta (12) a domingo (14)
Hora: 19h00
Entrada Franca ( apenas 80
lugares)
Retirar Ingresso 01 hora
antes na portaria da igreja
Informações: (83) 99926-6111 Giovana Gondim
98831-6521
Nenhum comentário:
Postar um comentário